Tuesday, July 15, 2014

Teoria Psicossocial de Erik Erikson

Princípio Epigenético: O desenvolvimento depende de forças genéticas, mas tanto o social quanto o ambiental exercem influência. 

Desenvolvimento: Erikson propõe oito estágios cujo núcleo comporta uma crise básica que pode ter uma resolução adaptada ou não adaptada. Enquanto as crises mal resolvidas promovem um desenvolvimento patológico, as crises resolvidas de forma adaptada trazem consigo uma virtude. Vale ainda ressaltar que todos os estágios são importantes para a construção de uma personalidade total. 



Fontes: Eu vou passar [1], [2], [3]; LIMA, A. A. T (Org,).Teorias da Personalidade. Concursos PSI: Salvador, 2013.;

Friday, July 11, 2014

Psicologia Individual de Alfred Adler

Tópicos Centrais


Adler enfatiza os determinantes sociais do comportamento e a singularidade da personalidade, sendo que o comportamento de cada um é caracterizado pelo seu estilo de vida. Considera o homem como consciente de suas fraquezas e metas, coloca a consciência como centro da personalidade e não concorda com Freud acerca do determinismo inconsciente. 

Interesse Social: os homens são sociais por natureza, predisposição que precisa ser treinada a fim de se concretizar; este interesse não se desenvolve frente a fortes sentimentos de inferioridade. A falta de cooperação leva a um estilo de vida inadaptado e tendência à busca da superioridade pessoal.

Self Criativo: impulsiona o sujeito na busca de experiências que promovam o desenvolvimento de seu estilo individual, caso alguma experiência não exista, o self é capaz de criá-las. A partir do self criativo vemos que os humanos são capazes de criar sua própria personalidade.

Estilo de Vida: forma-se na infância e se refere à compensação de uma inferioridade particular.

Sentimentos de Inferioridade: surgem a partir de um senso de incompletude/imperfeição em algum campo da vida. É justamente a necessidade de superar as inferioridades e tornar-se superior o mecanismo que move o indivíduo, porém, nesta busca é possível o desenvolvimento de um complexo de inferioridade ou complexo de superioridade compensatório

  • Quando moderados, sentimentos de inferioridade movimentam o homem no sentido de uma completude
  • Quando exagerados conduzem a complexos de inferioridade. 


Sintomas: são salvaguardas, mecanismos de proteção que desenvolvem-se a fim de compensar o sentimento de inferioridade e proteger o homem da baixa autoestima. Existem 3 tipos de salvaguardas: desculpas, agressão e distanciamento. 

Protesto Masculino: processo de compensação psicológica associado à luta pela superioridade; consiste em uma luta interior para combater a dependência emocional, construir autonomia e obter a superioridade. 

Busca pela Superioridade: a superioridade é a meta final do humano, é um esforço da personalidade no sentido de completar-se. 

Obstáculos ao Crescimento: situações/condições que podem obstaculizar o crescimento:

  • Enfermidade Orgânica: a pessoa pode tornar-se autocentrada, ter sentimentos de inferioridade e inabilidade para competir com as outras;
  • Superproteção: a pessoa possui dificuldades para desenvolver interesse social e cooperação. Não confiam em suas capacidades pois o outro sempre fez por ela. Em vez de cooperar, fazem exigências e manipulam.
  • Rejeição: a pessoa não conheceram o amor e a cooperação, por isso tem dificuldade em desenvolvê-las. Não confiam na sua capacidade para ser útil e ganhar afeto e estima dos outros, quando adultas, tendem a tornar-se frias. 

As Tarefas da Vida: "Trabalho, Amor, Amizade", estão inter-relacionadas.

Finalismo de Ficção: o homem é mais motivado pelo que espera do futuro do que pelas experiências do passado.




Fontes: Psiqweb; LIMA, A. A. T (Org,).Teorias da Personalidade. Concursos PSI: Salvador, 2013.






Thursday, July 10, 2014

Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung

Tópicos Centrais


Tipos Psicológicos:

Introvertidos:

  • Direcionamento da energia para o mundo interno;
  • Tendem à introspecção;
  • Perigo de perder ou tornar tênue o contato com o ambiente externo;


Extrovertidos:

  • Direcionamento da energia para o mundo externo;
  • Tendem a ser mais sociáveis e conscientes do que acontece a sua volta;
  • Necessitam se proteger para não serem dominados pelas exterioridades, alienando-se de seus processos internos (contrário do introvertido).

Funções Psíquicas:

São 4 e cada uma pode ser experienciada tanto de forma introvertida quanto de forma extrovertida.

1. Pensamento: está relacionado à verdade, com julgamentos impessoais, lógicos e objetivos. Pessoas em que predomina esta função, são chamadas de "reflexivas", possuem capacidade de planejar e tendem a agarrar seus planos, mesmo quando confrontados com uma evidência contrária. 

2. Sentimento: pessoas sentimentais são orientadas para o aspecto emocional da experiência, preferem emoções intensas, mesmo que negativas. A consistência e princípios abstratos são valorizados e tomam decisões de acordo com julgamentos de valores próprios (bem e mal, certo e errado, agradável e desagradável). 

3. Sensação: enfoque na experiência direta, concreta, percepção de detalhes e fatos concretos. Pessoas do tipo sensitivo adaptam-se facilmente às emergências cotidianas e trabalham melhor com instrumentos, aparelhos, veículos... do que qualquer outro tipo psicológico. 

4. Intuição: forma de processar informações em termos de experiência passada, objetivos futuros e processos inconscientes. As implicações da experiência são mais importantes do que a experiência em si. 


Arquétipos:

Dentro do Inconsciente Coletivo existem estruturas psíquicas ou Arquétipos, que consistem em formas sem conteúdo próprio e servem para canalizar ou organizar o material psicológico (Arquétipos se originam no Inconsciente Coletivo). Consistem em elementos estruturais e formadores do inconsciente, dando origem tanto às fantasias individuais quanto às mitologias de um povo. Uma grande variedade de símbolos podem ser associados a um Arquétipo. Para Jung, cada uma das principais estruturas da personalidade seriam Arquétipos: Ego, Persona, Sombra, Anima, Animus e Self. 

Ego: centro da consciência e um dos maiores Arquétipos da personalidade. 

Persona: é a máscara social, forma pela qual nos apresentamos ao mundo, incluindo também nossos papeis sociais. O ego se altera a partir dos papeis que exercemos, e a persona serve para proteger o Ego e a psique das forças e atitudes sociais que nos invadem. 

Sombra: e uma força negativa da psique, depósito de grande energia instintiva, espontaneidade e vitalidade e fonte da criatividade, origina-se no Inconsciente Coletivo e é o centro do Inconsciente Pessoal, núcleo do material que foi reprimido da consciência. Na Sombra estão os conteúdos incompatíveis com a Persona, considerados inferiores. O material reprimido se organiza e se estrutura em torno da Sombra, que se torna um Self Negativo (a Sombra do Ego). Quando o material da Sombra é trazido à consciência, ele perde sua força, ou seja, a Sombra é mais perigosa quando não é reconhecida por seu portador, o qual projeta suas qualidades indesejáveis nos outros. 

Self: Arquétipo central, da ordem e totalidade da personalidade. É um fator interno de orientação. Assim como o Ego é o centro da consciência, consciente e inconsciente complementam-se para formar uma totalidade: o Self.

Anima/Animus: Anima é o arquétipo feminino no homem enquanto Animus é o arquétipo masculino na mulher. Ambos existem para viabilizar as interações com o sexo oposto, e também demonstra que o humano possui predisposição para desenvolver características tanto masculinas quanto femininas. 


Processo de Individuação (crescimento psicológico):

Todos possuem esta tendência e trata-se de um processo de desenvolvimento da totalidade, incluindo o desenvolvimento do eixo Ego-Self e integração de diversas partes da psique: Ego, Persona, Sombra, Anima/Animus e outros Arquétipos inconscientes. Enquanto para o Ego o crescimento corresponde à expansão do conhecimento consciente, a individuação é o desenvolvimento do Self, cujo objetivo é a união da consciência com o inconsciente. 

Este processo pode ser dividido nas seguintes partes:
1º. Desnudamento da Persona: ao analisarmos a Persona, dissolvemos a máscara que, apesar de ter funções protetoras, também esconde o Self e o inconsciente.
2º. Confronto com a Sombra: conforme aceitamos a realidade da Sombra e dela nos distinguimos, podemos ficar livres de sua influência e assimilar o material do inconsciente pessoal que é organizado ao seu redor. 
3º. Confronto com a Anima ou Animus: este Arquétipo deve ser encarado como uma pessoa real com quem se pode comunicar e de quem se pode aprender.

Todas as etapas citadas se sobrepõem e estamos continuamente voltando a problemas e temas antigos, por isso podemos entender este processo como uma espiral na qual permanecemos nos confrontando com as mesmas questões básicas, de forma cada vez mais refinada. O estágio final do processo de individuação é o desenvolvimento do Self, que é a nossa meta de vida. 


Obstáculos ao Crescimento

A Individuação não é um processo fácil e o Ego precisa ser suficientemente forte para suportar tremendas mudanças. Cada estágio é acompanhado por perigos: 

1. Há o perigo de identificação com a Persona: aqueles que se identificam com a Persona podem tornar-se perfeitos demais, incapazes de aceitar seus erros ou fraquezas, podem reprimir todas as tendências que não se ajustam e projetá-las nos outros

2. Pessoas inconscientes de sua Sombra podem exteriorizar impulsos prejudiciais e nunca reconhecê-los como errados. Ignorar a Sombra também pode resultar em uma atitude demasiada moralista e projeção da Sombra nos outros.

3. O confronto com a Anima/Animus traz problemas do relacionamento com o inconsciente e com a psique coletiva, em um homem a Anima pode acarretar súbitas mudanças emocionais ou instabilidade de humor enquanto nas mulheres, o Animus geralmente se manifesta sob a forma de opiniões irracionais, mantidas de forma rígida. 

4. Ao ser exposto ao material coletivo, há o perigo do homem ser engolido pelo inconsciente, e, conforme Jung, esta ocorrência pode tomar duas formas: pode ocorrer uma inflação do Ego na qual o sujeito reivindica para si todas as virtudes da psique coletiva ou, pode ocorrer uma impotência do Ego e a pessoa sente que não tem controle sobre a psique coletiva e adquire uma consciência aguda de aspectos inaceitáveis, impulsos negativos e outros.

5. Ao entrar em contato com Anima/Animus uma grande energia é libertada e pode ser usada para construir o Ego em vez de o Self, podendo ocorrer uma identificação com o Arquétipo do Self ou desenvolvimento da Personalidade-Mana. O Ego se identifica com o Arquétipo do homem ou mulher sábia, que tudo sabe. A personalidade-mana é perigosa pois é excessivamente irreal, as pessoas tendem a acreditar que se tornaram perfeitos, santos ou até divinos, mas, na realidade perderam o contato com sua humanidade essencial e com o fato de que ninguém é plenamente sábio, infalível ou sem defeitos.  A identificação temporária com este arquétipo é um estágio quase inevitável no processo de Individuação, porém, a questão é se o sujeito vai passar por esta etapa ou estagnar. 




Fontes: Psiqweb